segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Diz-me isso a cantar

Canta-me uma música, ou uma história. Daquelas em que não existem tristezas.
Eu sei que vai ficar um bocadinho irreal porque existe sempre alguma tristeza, mas hoje apetece-me que tudo seja perfeito. Não faças essa cara. Pelo menos, tenta. Por favor!

Eu deixo-te escolher a música. Pode ser a tua preferida, desde que, ao cantar, te lembres de mim. E, já sabes, estás proibido de tocar em assuntos tristes.

Não, não é para falar nem para gesticular. Canta, apenas. Não consegues revelar-me isso a cantar ? Oh, estás sempre a complicar tudo! É tão simples! Pensa, medita, imagina. Eu sei que quando tu imaginas consegues tornar a situação mais fácil e harmoniosa. A tua imaginação consegue criar diversas melodias, mas tu tens medo que eu as conheça. Não pode ser assim, até porque eu também conheço várias melodias que só podem ser reveladas em conjunto com as tuas. Tu sabes que a tua melodia sem a minha não faz sentido e tens medo que, se fores tu a cantar primeiro, a minha não corresponda às tuas expectativas. Mas vais ficar surpreendido!

Então, e se cantarmos ao mesmo tempo ?

Vês ? A minha canção e a tua são a mesma.
Agora, não a podes cantar a mais ninguém. Se não for assim, perde a exclusividade.

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