segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Homens, relações e parvoíces

Lembro-me de ter 13/14 anos e dizer "eu quero um homem que não fume, que faça exercício físico, que nunca tenha reprovado, que me diga coisas fofinhas e que me trate muito bem". Que parvinha que eu era. Nessa altura, também acreditava que as traições só existiam nos filmes e que um namoro que durasse mais de dois anos nunca ia acabar. Eu era ridícula e inocente, mas muito feliz.

À medida que fui crescendo, percebi que os pensamentos dos 13/14 anos eram constantemente substituídos por outros, em cada ano. Também me lembro de o meu pai me dizer "Quando fores mais velha, vais-te rir das parvoíces que dizes". Estava completamente certo. Todos os anos, eu rio-me das parvoíces que disse no ano anterior.

Todas as idades têm vantagens e desvantagens.

Aos 15/16, começamos a pensar que já somos muitos adultos e, quando nos apaixonamos, acreditamos mesmo que aquela pessoa é perfeita. Se o sentimento for recíproco, ficamos tão felizes! Gostamos imenso d e ouvir coisas como "amo-te", "já não sei viver sem ti", "és a pessoa mais importante da minha vida" e outras lamechisses típicas da idade.

Tudo isto é normal. O que não é normal é chegar ao dezoito, vinte, trinta... e continuar a pensar como quando tínhamos dezasseis.

Agora, odeio homens lamechas. Odeio quando utilizam a expressão "para sempre". Têm alguma certeza daquilo que estão a dizer ? O único sentimento que podemos ter a certeza de que é para sempre é o que existe entre os amigos verdadeiros e a verdadeira família. Namorados completamente convictos de que se amam para sempre ? Não me gozem, por favor.

Hoje, penso que não vale a pena levarmos as coisas demasiado a sério. Não vale a pena entregar-nos totalmente a uma pessoa e dar tudo por ela, pois, um dia, tudo vai acabar.
Hoje, odeio homens que dizem "amo-te" quando querem dizer "desejo-te". Onde é que está escrito que os homens que amam são melhores ? E nós, mulheres, também não amamos sempre. Há alturas em que apenas desejamos, não tem mal nenhum. Se formos sinceros, tudo corre bem e nada é errado. Errado é continuar a acreditar que a vida funciona como os filmes.

Agora, o que eu gosto mesmo é de um homem que me faça dizer "irritas-me tanto"!

3 comentários:

  1. Quando eu tinha os meus 13/14 anos queria fazer tudo o que os adultos faziam, coisas dos "grandes"! Queria trabalhar, tomar conta de bebés, ter carta de condução... Mas depois com o passar do tempo comecei a ter medo das responsabilidades, do que o crescimento poderia trazer para a minha vida. Cheguei muitas vezes a pensar que um dia teria que ir às compras sem o meu pai, ao médico sem a minha mãe, cheguei a deprimir-me só porque um dia teria de saber ir a uma caixa multibanco sozinha, achas normal? Quando somos pequenos, somos mesmo tontinhos, mas felizes :)
    Quanto aos rapazes, namoros, blá blá blá, concordo contigo! Não podemos ter a certeza das coisas que acontecerão amanhã, como podem dizer que será para sempre?!

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    1. Olá, Cláudia! :)
      Muito obrigada pelo comentário. Fico feliz por dares a tua opinião :) e também concordo contigo.

      Vou ver o teu blog ;)

      Beijinho *

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    2. então não sabes o que é amor

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