terça-feira, 30 de outubro de 2012

A formiga

É difícil encontrar pessoas doidas! Doidas no sentido positivo. Pessoas sem tabus, sem merdinhas, sem paleio fingido.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A formiga

Chego a um ponto em que a minha consciência diz "eu sei lá o que hei de pensar, eu sei lá o que é melhor, eu sei lá se acredito". Somos confrontados e bombardeados com tanta informação, tantas pessoas, tantas opiniões, tantas situações, tantas histórias, tantas provas, tantas mentiras, tantas perguntas, tanta tragédia.

Tanto, tanto, tanto.
Sempre, sempre, sempre.
Outra vez, outra vez, outra vez.
Mais, mais, mais.

E ninguém sabe. Ninguém pode saber, ou ninguém tem tempo. Ou melhor, ninguém quer ter tempo.

A formiga

Às vezes, começo a pensar na quantidade de pessoas que deviam ser presas, castigadas ou afastadas de outras.

Quando somos crianças, ensinam-nos coisas como "os pais gostam sempre dos filhos", "os professores têm sempre razão e só querem o bem dos meninos", "um casal são duas pessoas que gostam muito uma da outra e querem ser felizes juntos", entre outras ideias que transmitem um mundo quase perfe
ito. Na nossa cabeça, forma-se um conceito de mar de rosas. Tudo faz sentido, tudo é linear, tudo é belo.

Passado algum tempo, ouvimos o caso da menina que era violada pelo pai, da professora que fazia chantagem com as crianças e da mulher que todos os dias é agredida violentamente pelo marido.
"Então, mas o papá não é sempre amigo dos filhos?"; "Oh mamã, não tinhas dito que os maridos gostam muito das mulheres?".
O cenário fica deformado, confuso.

Crescemos mais, e descobrimos que os casos que chegam até nós são só uma pequena parte, existem muitos mais. Ninguém faz a mínima ideia porque não é possível conhecer a vida de todas as pessoas. A situação é, realmente, assustadora, até mesmo horripilante.
E os acontecimentos repetem-se, repetem-se, repetem-se. Não deixam de existir.

O objetivo da nossa existência é obtermos o máximo de satisfação em cada passo que damos e isso é tão complexo. Muitas vezes, o conceito de satisfação nem chega a ser conhecido. Fazem-nos acreditar que existem padrões, que isto é bom e aquilo é mau.

Mas nada é simples. Nada é tão óbvio como parece. Até um átomo tem muito que se lhe diga; e nós nem o vemos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012


Não publico título nenhum

Quem é que diz o que deve ser feito e o que deve ser evitado?
Cada um tem a sua forma de obter o bem-estar. E digo bem-estar porque felicidade é uma palavra muito ambígua.

Ninguém tem super-poderes, mas sim valores. E, nesse sentido, cada um pode seguir os valores que mais lhe interessam. Ou, de vez em quando, o que mais lhe apetece no momento. Não queiram ser (ou parecer) demasiado intelectuais e sérios, é bom ter apetites.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

No ritmo certo

Os cereais e as bolachas fazem parte dos meus melhores anti-depressivos. Gosto bastante de sentir o sabor crocante, mastigar devagar e muitas vezes e ficar com a barriga exageradamente satisfeita. Dizem que não é nada saudável, mas faz-me sentir bem. É contraditório porque, às vezes, as dores de barriga são fortes, mas como são dores que derivam de um estado de conforto, parece que nem dói tanto.

Outras vezes, apercebo-me de que não estou a fazer nada de jeito quando tenho imensas coisas importante para fazer. A minha imaginação torna-se fértil no que toca a inventar atividades sem utilidade. Mais tarde, eu sei que devia estar a dormir, sei que a minha capacidade de raciocínio, paciência e mobilidade está a ficar reduzida, mas sabe bem ficar acordada. Também não é saudável dormir pouco. Mas, por breves instantes, até é divertido.

Penso que nos sentimos atraídos por pequenos aspetos que nos prejudicam a saúde, pois eles conseguem prender-nos e provocam despreocupação.
Talvez não sejam assim tão prejudiciais.

E se conseguíssemos fazer sempre tudo como é suposto, eu perdia a vontade de viver.



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(Mais textos em: 
http://www.facebook.com/vaniaitavares)

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Por mim, os títulos não existiam

Podem acompanhar-me através da minha página de autora:

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Boa noite :)
Este tempo faz-me ficar chata, aborrecida e desmotivada. Ligado a estas três características inimigas da produtividade, surge a preguiça. Depois, fico uma inútil cansada.

sábado, 13 de outubro de 2012

certeza



ninguém


daquilo





ou


tantas




algo



nem


todos




sermos




possível


sábado, 6 de outubro de 2012

Mas,


Aliás,


Por


Estava


Tenho



Não


Não sei, mesmo

Apetece-me escrever sem me preocupar com os sinais de pontuação, com os erros ortográficos, a conjugação dos verbos e com a ordem das palavras. Apetece-me dizer asneiras, parvoíces, mas que façam algum sentido. Ou então, que façam sentido para alguns.

Não gosto do "porque tem de ser" e, muito menos, do "não pode ser". Odeio mentalidades paradas, monótonas, fechadas. As pessoas fingem. As pessoas mentem. As pessoas escondem. As pessoas são maravilhosas. As pessoas ajudam.
As pessoas são conjuntos e componentes muito heterogéneos, demasiado dispersos.

Apetece-me mudar quase tudo. Apetece-me que o errado passe a estar certo e que o certo nem exista. Apetece-me acabar com as obrigações parvas e com as proibições vazias.
E já estou com demasiados apetites. Eles dizem que não posso e eu vou aceitando, ligeiramente.

Muitas vezes,






Quando


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Ai, o título!

Tenho tantas incertezas, tanto receio.
Por um lado, sim. Por outro, não. Se eu disser isso, acontece aquilo? Será melhor assim ou de outra forma? E se fizer assim, será que resulta ? É melhor não. Ou sim ?

Não sei, ninguém sabe. Pelo menos, não estou sozinha. Aliás, até estou demasiado acompanhada, pois todos temos imensas dúvidas, todos ficamos desorientados, a certa altura.

Tenho medo. E sei que não sou a única.

É difícil escolher um título

Como é que uma pessoa que não se respeita a si própria vai respeitar alguém ?
É impossível sermos admirados por todos e nem é saudável adaptarmos a nossa personalidade e os nossos gostos, a fim de sermos aceites.

"Ai, eu gosto de toda a gente!" é uma expressão hipócrita e irracional porque isso é impossível. E o que gostamos agora pode ser o que não gostamos mais tarde. Não estamos a ser parvos n

em contraditórios, mas sim a evoluir e a melhorar a nossa capacidade racional. As opiniões mudam, assim como a nossa forma de pensar e de agir.

A atitude é fundamental. É ela que nos define e é através dela que podemos mudar o que está errado. Não agir, não enfrentar as incertezas e não procurar a satisfação é o pior que podemos fazer. Nós conseguimos afastar-nos de quem quisermos, exceto de nós próprios (e passar a vida inteira com uma pessoa de que não gostamos é muito mau). Então, é melhor respeitarmos o que somos e darmos valor ao que fazemos.

Se gostarmos de nós e do que é nosso, muitas tristezas desaparecem.

Fico